3pk4k

Blog de Notícias de Rosário-MA e Região. 1g4a26


Formulário de contato 4uc3p

Nome

E-mail *

Mensagem *

Formulário de contato 585u1u

Nome

E-mail *

Mensagem *

Navigation-Menus (Do Not Edit Here!) 3v2p28

Share |

Deixe o seu recado 1f5n3k

Últimas RN 5w5s5r

'); } html.push('
'); document.write(html.("")); } hoje = new Date() numposts = 1; /*--define em qual post começa a exibição --*/ var bsrpg_thumbSize = 200; /*--define o tamanho das miniaturas --*/ var bsrpg_showTitle = true; document.write("");
');
');
');
');
');
');
');
');

Labels 321jk

Labels 321jk

');

Meio Ambiente e Sustentabilidade 4m6i71

Denunciar abuso 2n5172

Pesquisar este blog 5z1t6g

');
?max-results=10">Gallery
');

Social Share 4i1v1n

regional

Colaboradores 11s27

Labels 2kk3y

Agricultura ambiental anajatuba André Fufuca Aniversário Artigo Autoritarismo axixá bacabeira Bacabeira-MA barreirinhas Blogosfera Boi de Sotaque de Orquestra br-135 brasil cachoeira-grande Câmara capital Carnaval carnaval2012 Cartaz da programação de abertura Censura charges Classificados RN coberturas coberturas2011 coberturas2012 colunas Comunicação Concursos Cultura cultural destaque Destaques Diversão e Economia economia1 Educação Eleições eleitoral Emn Empregos Enem esporte esporte1 estado Euvaldo de Jesus Pereira Eventos feature Festas Geologia geral gospel História Homenagens humberto-de-campos Humor icatu Infra-estrutura infraestrutura Internet itapecuru-mirim juninas Justiça Juventude Literatura Maranhão Meio Ambiente miranda-do-norte morros Nacional natal Nota foi notas Ontem paço-do-lumiar Participação do Leitor Participação do Leitor . paulino-neves Pesquisa Polícia policial politica política Prefeitura presidente-juscelino primeira-cruz propagandas provas qualificar raposa Redação Reggae Região regional Religião RFFSA Rio Itapecuru rosário Rosário-MA rural Santa Rita-MA santa-rita santo-amaro São João São Miguel São Simão saõ-josé-de-ribamar são-josé-de-ribamar são-luís saude saúde Segurança social Solidariedade tecnologia Trânsito Tribunal do Júri Turismo tutóia vargem-grande Vestibular vídeo videos Vídeos
');
');

Artigo Itapecuru - um rio em agonia 4z4c2o

Rio Itapecuru em Rosário - MA / Arquivo RN.




Colaboração: Alex Brasil
Poeta/Jornalista/Publicitário – da AML


Já me banhei no Rio Itapecuru. Em Codó e em Rosário, na minha infância e na minha adolescência. O rio e eu não somos mais os mesmos, “porque tudo flui” ou se transforma, como já detectara Heráclito de Éfeso, quinhentos anos antes de Cristo. Mas o Rio Itapecuru ficou perene em minha mente e no meu coração, porque o Rio Itapecuru é o rio que a na minha aldeia, mais importante, muito mais importante que o Rio Tejo, o Rio Nilo, o Rio Ganges... “O Tejo é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia,/Mas o Tejo não é mais belo que o rio que corre pela minha aldeia/Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia.”, disse Fernando Pessoa. E é esse mesmo sentimento que tenho quando lembro do Rio Itapecuru.

Nas minhas lembranças eu o vejo como as barbas longas de Deus fertilizando as nossas vidas, a vida dos animais e da floresta; nos alimentando de peixes e de água farta, placenta a nutrir a nossa existência. Naqueles tempos, o Rio Itapecuru mourejava as vozes das sereias, se incorporava aos cantos do martim-pescador, do xexéu, das pipiras, dos carcarás, dos gaviões, da arada em profusão, da natureza em sua exuberância, mãe das estações e da perpetuação dos homens e dos animais.

Esse tom melancólico e saudosista de alguma poesia perdida no tempo vem a propósito da atual realidade do Rio Itapecuru, em uma lenta e inexorável agonia, vítima de tantas desumanas agressões que nós, como genocidas, a ele impomos sem piedade e sem a consciência de que, agindo assim, estamos sendo suicidas, carrascos de nós mesmos, já que o rio, mais do que metaforicamente, é uma extensão do nosso sangue, um condutor das gerações vindouras.




Desde a sua nascente, na Serra do Itapecuru, até sua foz na Baía de São José, em sua extensão de 897 km, esse rio, genuinamente maranhense, sofre um massacre diário que o está matando numa tortura irracional, sob o olhar conivente da maioria de nós.

A pesca predatória já dizimou algumas espécies de peixes e já põe em risco outras tantas. “Ainda tem surubim?”, perguntei a um velho pescador. “Não, senhor, não tem mais”. A resposta é a mesma quando perguntamos se o rio ainda é totalmente navegável, se a água está livre de poluição, se a fauna e a flora são ainda abundantes às suas margens, hoje assoreadas e dilapidadas pela exploração selvagem de seus recursos naturais e vitais para sua perenidade.

A quantas vidas o Rio Itapecuru mata a sede ou já alimentou? Quantas vidas dele dependerão? São respostas para essas perguntas que deveremos encontrar agora e, a partir daí, construirmos uma consciência responsável e denunciadora dos crimes que estamos cometendo a uma bacia hidrográfica de fundamental importância para o futuro dos nossos filhos, netos e do próprio Estado em que nascemos.

Ao invés de assmos esse rio de vida, deveríamos abraçá-lo, sentir a sua agonia e nos unirmos às poucas vozes que no momento nos conclamam a socorrer esse bem natural, inestimável e indispensável à nossa perenidade humana em plena cooperação com a natureza, num convívio sustentável do qual dependemos para seguirmos nossa jornada sobre o Planeta Vida. Digo planeta, porque o Rio Itapecuru é apenas um grito entre tantos que a natureza, nesse instante, lancinantemente nos emite. Um grito da água viva sentindo a dor da morte iminente, tornando-se um símbolo, um libelo agonizante de alerta às nossas consciências anestesiadas no ritmo frenético da competição consumista onde o egoísmo do homem se sobrepõe à própria defesa do nosso futuro tão frágil diante de nossas atrocidades desumanizantes e autofágicas.


O pai da História, o grego Heródoto, quatrocentos anos antes de Cristo, disse que “O Egito é uma dádiva do Nilo”. O velho sábio percebera que sem aquele rio-oásis, aquela importante civilização sequer existiria. Da mesma forma somos um presente, uma dádiva do Rio Itapecuru, dos nossos rios, da nossa natureza, da nossa biodiversidade.

Que outras vozes, então, juntem-se às vozes dos deputados João Evangelista e Sarney Filho, às vozes dos ambientalistas, dos poetas e do próprio Rio Itapecuru que gritam por socorro, por uma ação solidária de preservação não só do rio que agoniza, mas do nosso próprio futuro sobre o Maranhão, apenas um recanto dessa nossa tão frágil Casa Azul chamada Terra.

“O homem mata o verde/e o verde mata o homem./Porque a Natureza nunca perde,/quem a crucifica ela consome.” Reflitamos sobre essa sentença poética, mirando-nos nas águas moribundas do Rio Itapecuru, antes que a poesia se transforme em apocalíptica profecia.

Share on Google Plus

About RN 11w4j

0 comentários: 1c292

Postar um comentário 46x27

Blog de Notícias de Rosário e Região


Os comentários não representam a opinião deste blog, a responsabilidade é única e exclusiva dos autores das mensagens.